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A  MEMÓRIA

ninguém viu cair
mas o vento ainda chora
quando passa ali

- AR
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asas inquietas —
o céu parece perto
do que não existe

- AR
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SOPRO DE AUSÊNCIA

apolo
por que o vento insiste?
já levaste o que eu amava

zéfiro
o cíúme ainda me circula

apolo
jacinto era luz
e tu o apagaste

zéfiro
fui sombra e tua dor
é eterna

apolo
sim
o vento traz o perfume da flor
diariamente

- AR
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o que tu vai escutar agora não é apenas som são frequências sonoras capazes de reorganizar teu sistema molecular   endoidar na aparelhagem   mete o loco no rolê   explode o bagulho  eu tô no rock amor mas é você que eu amo seu f*dido   endoida endoida endoida   dá-lhe sal dá-lhe sal dá-lhe sal dá-lhe sal   que é isso p*rra   chama os madrake   melhor ficar solteira  não me manda foguinho não  q'delíçame'deus   ui ai ui ai   eu vou bb bbbbbbb bbbbbbbb bbbbbbbb  joga a cerveja pro ar   cervej'pruá   tecnobrega   meu bonito feio   oiê oiá   deixa o sol brilhar

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abismo espera
sem promessa de fundo
só o salto é meu

- AR
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fome no silêncio
a noite não tem cozinha
nem sonho algum

- AR
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PEDRA NO RIO

a pedra
que afunda
é a mesma
que aprende
a moldar correntezas

- AR
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porta entreaberta —
a ausência atravessa o chão
sem fazer ruído.

- AR
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louco pelo rock doido
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