.
.
leio osho:
lua e sol
em meu rosto
- AR
(1996)
.
.
leio osho:
lua e sol
em meu rosto
- AR
(1996)
.
.
.
ANOTAÇÕES
AR, 1996
Tudo que se pode saber em uma vida não significa completude.
A glória é apenas uma pequena porção do momento.
O presente é infinito.
O que é o agora? Quando o presente é de fato captado?
Não há tempo presente, há uma mistura de tempos:
e quando a garrafa esvazia, o tempo esvai.
O agora é um vazio de horas -
sem música, sem melodia, apenas a ondulação da alma.
.
.
ANOTAÇÕES
AR, 1996
Tudo que se pode saber em uma vida não significa completude.
A glória é apenas uma pequena porção do momento.
O presente é infinito.
O que é o agora? Quando o presente é de fato captado?
Não há tempo presente, há uma mistura de tempos:
e quando a garrafa esvazia, o tempo esvai.
O agora é um vazio de horas -
sem música, sem melodia, apenas a ondulação da alma.
.
.
.
MORE OR AGELESS
os anos são nuvens reunidas em tempestade
(porém o sol também se faz)
são o telhado na casa, os tijolos do abrigo
(que destruo e faço reconstruir)
eu luto pelo novo, mas digladio com o advir
os anos são minha fortaleza, minha idade é meu país
(de onde periodicamente sou banido)
- AR
(1996)
.
.
MORE OR AGELESS
os anos são nuvens reunidas em tempestade
(porém o sol também se faz)
são o telhado na casa, os tijolos do abrigo
(que destruo e faço reconstruir)
eu luto pelo novo, mas digladio com o advir
os anos são minha fortaleza, minha idade é meu país
(de onde periodicamente sou banido)
- AR
(1996)
.
.
.
O que era isso, que a desordem da vida podia sempre mais do que a gente? Adjaz que me aconformar com aquilo eu não queria, descido na inferneira. Carecia de que tudo esbarrasse, momental meu, para se ter um recomeço. E isso era. Pela última vez, pelas últimas. Eu queria minha vida própria, por meu querer governada.
GRANDE SERTÃO: VEREDAS, J. G. Rosa
.
.
O que era isso, que a desordem da vida podia sempre mais do que a gente? Adjaz que me aconformar com aquilo eu não queria, descido na inferneira. Carecia de que tudo esbarrasse, momental meu, para se ter um recomeço. E isso era. Pela última vez, pelas últimas. Eu queria minha vida própria, por meu querer governada.
GRANDE SERTÃO: VEREDAS, J. G. Rosa
.
.
.
Visitaste-me hoje
Mas quando partiste
De pronto esqueci de teu rosto
Recordo apenas que era rosto agradável
Jovem, cheio de sonhos, ingênuo
E que os lábios riam intumescidos de beijos
e de piadas que víamos no Multishow
Mas as linhas de teu rosto, as que escrevem
teu nome e te diferenciam dos outros
Eu não lembro mais
É uma pena, grande pena
Adoraria reconhecê-lo amanhã
- AR
.
.
Visitaste-me hoje
Mas quando partiste
De pronto esqueci de teu rosto
Recordo apenas que era rosto agradável
Jovem, cheio de sonhos, ingênuo
E que os lábios riam intumescidos de beijos
e de piadas que víamos no Multishow
Mas as linhas de teu rosto, as que escrevem
teu nome e te diferenciam dos outros
Eu não lembro mais
É uma pena, grande pena
Adoraria reconhecê-lo amanhã
- AR
.
.
.
Não me pergunte
como saí vivo
da infância
e de tudo
que veio em sequência.
- Ricardo Silvestrin (via)
.
.
Não me pergunte
como saí vivo
da infância
e de tudo
que veio em sequência.
- Ricardo Silvestrin (via)
.
.
.
O jagunço Riobaldo expressa a complexidade de sua homoafetividade
GRANDE SERTÃO: VEREDAS, J. G. Rosa
(1956)
.
.
O jagunço Riobaldo expressa a complexidade de sua homoafetividade
De Diadorim eu devia de conservar um nojo. De mim, ou dele? As prisões que estão refincadas no vago, na gente. Mas eu aos poucos macio pensava, desses acordados em sonho: e via, o reparo — como ele principiava a rir, quente, nos olhos, antes de expor o riso daquela boca; como ele falava meu nome com um agrado sincero; como ele segurava a rédea e o rifle, naquelas mãos tão finas, brancamente.
(...)
Eu estremecia sem tremer. Porque eu desconfiava mesmo de mim, não queria existir em tenção soez. Eu não dizia nada, não tinha coragem. O que eu tinha era uma esperança?
(...)
Eu estremecia sem tremer. Porque eu desconfiava mesmo de mim, não queria existir em tenção soez. Eu não dizia nada, não tinha coragem. O que eu tinha era uma esperança?
GRANDE SERTÃO: VEREDAS, J. G. Rosa
(1956)
.
.
.
it's just a little crush
mas por favor, meu amor, manda nude
- campsite dream & daniel peixoto
.
.
it's just a little crush
mas por favor, meu amor, manda nude
- campsite dream & daniel peixoto
.
.
.
eu uma dobradura do silêncio
guardo minha saudade por você
saudade invisível
mas que
como o silêncio
está em todo lugar
(quando eu quero estar perto de você
bem perto mesmo
eu toco o silêncio
e sinto você vibrar)
- AR
.
.
eu uma dobradura do silêncio
guardo minha saudade por você
saudade invisível
mas que
como o silêncio
está em todo lugar
(quando eu quero estar perto de você
bem perto mesmo
eu toco o silêncio
e sinto você vibrar)
- AR
.
.
.
Olha lá
Eu nunca quis voltar
atrás no tempo
nem por uma vez
A vida já foi muito boa
e muito ruim comigo
(...)
Quis cuspir-lhe na cara
vezinquando
Mas nunca
por razão nenhuma
quis voltar atrás
no tempo da vida
Pelo contrário
sempre me servi
do tempo dela
para aprender a contar
as partes todas
da futebolada mística
(...)
- Matilde Campilho
.
.
Olha lá
Eu nunca quis voltar
atrás no tempo
nem por uma vez
A vida já foi muito boa
e muito ruim comigo
(...)
Quis cuspir-lhe na cara
vezinquando
Mas nunca
por razão nenhuma
quis voltar atrás
no tempo da vida
Pelo contrário
sempre me servi
do tempo dela
para aprender a contar
as partes todas
da futebolada mística
(...)
- Matilde Campilho
.
.
.
Já não aguento mais
ver meu coração
como um vermelho balão
rolando e sangrando
chutado pelo chão
- Jorge Mautner & Caetano Veloso
.
.
Já não aguento mais
ver meu coração
como um vermelho balão
rolando e sangrando
chutado pelo chão
- Jorge Mautner & Caetano Veloso
.