We tried to talk it over
but the words got in the way
- Carpenters
Words, they cut like a knife
- Madonna
Words are useless
- Björk
but the words got in the way
- Carpenters
Words, they cut like a knife
- Madonna
Words are useless
- Björk
Meu impaciente amor jorra em torrentes, descendo para levante e poente. Da silenciosa montanha e das borrascas da dor, corre a minha alma murmurejando nos vales.
Tempo demais ardi em anseios, olhando ao longe. Tempo demais pertenci à solidão; destarte, desaprendi o silêncio.
Uma boca, tornei-me por inteiro, e o estrugir de um riacho caindo de altas fragas; quero precipitar minha palavra nos vales.
E ainda que a minha torrente de amor se despenhe em terreno impérvio! Como poderia uma torrente não encontrar, por fim, o caminho do mar?
- Zaratustra
ecos daquele amor ressonam profundamente
e cada vez mais leves absurdas pancadas deu no
que deu minha memória relata
escorrego para dentro dos decotes dela
- cacaso
Tempo demais ardi em anseios, olhando ao longe. Tempo demais pertenci à solidão; destarte, desaprendi o silêncio.
Uma boca, tornei-me por inteiro, e o estrugir de um riacho caindo de altas fragas; quero precipitar minha palavra nos vales.
E ainda que a minha torrente de amor se despenhe em terreno impérvio! Como poderia uma torrente não encontrar, por fim, o caminho do mar?
- Zaratustra
ecos daquele amor ressonam profundamente
e cada vez mais leves absurdas pancadas deu no
que deu minha memória relata
escorrego para dentro dos decotes dela
- cacaso
Estudo para um romance ou novela
A. Melo
início de 2011, revisão em meados de 2014
Ubiracy acabara de ler que os jesuítas, no século XVIII, tinham vendido sua biblioteca na Bahia para os comerciantes usarem as folhas dos
livros como embrulho. Ele fez alguns
cálculos e lembrou de seu tataravô que trabalhava recém-livre em uma quitanda na
ladeira da Barra. Bem possível alguns dos cajus que seu Antônio vendia terem sido envelopados com a
mais fina literatura de então. Ubiracy gostou de ponderar sobre o que se fazia, depois das compras desembaladas, com esses fiapos de conhecimento. Certamente eram jogados no lixo, assim como tudo o que há no mundo, é senso comum, um dia deixar-se de valer e tornar-se entulho. Mas quem poderia sugerir melhor destino a um
livro, não sendo este mais lido, que o de abraçar frutas e deste modo transfigurar-se em substrato, adubo composto de palavras e açucar? Afinal, algumas frases quedam-se melhor adocicadas. Tornar-se invólucro é mais digno que permanecer em uma
prateleira e servir de decoração, de objeto da vaidade de algum ser
ardiloso que se prenda ao que o livro tem de físico. Livros descomunicados, esquecidos - assim como pessoas largadas ao ornamento, enumeradas e sortidas por tópico, descansadas em estantes mentais. Somos todos um
pouco bibliotecários. Viva os jesuítas.
Rever: história de Salvador, história da Ladeira da Barra, jesuítas no recôncavo baiano, escravidão, carta de alforria, frutas deste século e desta região, tipos de papel dos livros jesuítas, solo, estrutura familiar e seus valores da época, datas, nomes santos para escravos, escravos alfabetizados, bibliotecarismo.
Caderno de anotações
de 2013
Amor, por que eu te chamo assim?
Se com certeza você nem lembra de mim.
- Tiê
Era preciso amar, amar perdidamente, sem olhar o que se ama.
Porque ver é compreender, e compreender é desprezar.
- Guy de Maupassant
'Que horas são?', perguntaram-lhe uma vez,
E ele respondeu: 'Eternidade'.
- Ossip Mandelstam
E tudo é chuvas que orvalham
folhas caídas que secam.
- Fernando Pessoa
Não passamos de minhocas.
Mas acredito ser uma minhoca que brilha.
- Winston Churchill
Se repetires três vezes alguma coisa notável a um tolo,
corres o risco de te tornares um deles.
- Hilda Hilst
O prostóstipo do nouveau riche.
- Raquel (Vale Tudo)
Quando dizem seu nome, eu ensurdeço -
como se uma bomba explodisse ao meu lado.
- A. Melo
It won't do to dream of caramel.
- Suzanne Vega
Todo um ensaio poderia ser escrito sobre o perigo
de se pensar sem imagens.
- Coleridge
Vocês e eu, eus e você.
- Kid Abelha
de 2013
Amor, por que eu te chamo assim?
Se com certeza você nem lembra de mim.
- Tiê
Era preciso amar, amar perdidamente, sem olhar o que se ama.
Porque ver é compreender, e compreender é desprezar.
- Guy de Maupassant
'Que horas são?', perguntaram-lhe uma vez,
E ele respondeu: 'Eternidade'.
- Ossip Mandelstam
E tudo é chuvas que orvalham
folhas caídas que secam.
- Fernando Pessoa
Não passamos de minhocas.
Mas acredito ser uma minhoca que brilha.
- Winston Churchill
Se repetires três vezes alguma coisa notável a um tolo,
corres o risco de te tornares um deles.
- Hilda Hilst
O prostóstipo do nouveau riche.
- Raquel (Vale Tudo)
Quando dizem seu nome, eu ensurdeço -
como se uma bomba explodisse ao meu lado.
- A. Melo
It won't do to dream of caramel.
- Suzanne Vega
Todo um ensaio poderia ser escrito sobre o perigo
de se pensar sem imagens.
- Coleridge
Vocês e eu, eus e você.
- Kid Abelha
Grime matters because it's a timely metaphor
for our mixed-race society, taking influences from many cultures
yet managing to sound utterly, resolutely, determinedly British.
- The Guardian, 2014
for our mixed-race society, taking influences from many cultures
yet managing to sound utterly, resolutely, determinedly British.
- The Guardian, 2014
O céu de Suely em inglês é Love for sale.
O que me remete à canção de Cole Porter,
que tem sim uma semelhança com a temática do filme.
A versão que mais ouço é a de Ella Fitzgerald.
Fine Young Cannibals fizeram uma boa versão para o tributo ao compositor em 1990. (É nesse tributo que Sinéad O'Connor canta You do something to me com uma peruca loira.)
que bom seria ter seu amor outra vez
love that's fresh and still unspoiled
- diana & billie holiday
Now that it's raining more than ever
Je lui propose un peu d'abri
You can stay under my umbrella
Mon parapluie, mon parapluie
- Rihanna & Georges Brassens
Je lui propose un peu d'abri
You can stay under my umbrella
Mon parapluie, mon parapluie
- Rihanna & Georges Brassens
je me souviens deus jours anciens
no crime worse than time
et je pleure
- paul verlaine & noemi jaffe
no crime worse than time
et je pleure
- paul verlaine & noemi jaffe
há algo que jamais se esclareceu
foi mistério e segredo
no dia em que fui mais feliz
foi mistério e segredo
de lá pra cá não sei
foi mistério e segredo
- adriana calcanhotto/antonio cícero & alceu valença
foi mistério e segredo
no dia em que fui mais feliz
foi mistério e segredo
de lá pra cá não sei
foi mistério e segredo
- adriana calcanhotto/antonio cícero & alceu valença
você me quererá para sempre?
will you still love me?
ainda que eu envelheça, ainda que eu perca minha beleza?
when i'm no longer young and beautiful?
ainda que eu morra?
when i got nothing but my aching soul?
- carlos fuentes & lana del rey
will you still love me?
ainda que eu envelheça, ainda que eu perca minha beleza?
when i'm no longer young and beautiful?
ainda que eu morra?
when i got nothing but my aching soul?
- carlos fuentes & lana del rey
Há mais razão no teu corpo do que na tua melhor sabedoria.
- Zaratustra
- Zaratustra
 |
| Escultura submersa de Jason de Caires Taylor |
- Você vai me querer para sempre?
- Sempre, Aura, eu amarei sempre você.
- Sempre? Você me jura?
- Eu lhe juro.
Carlos Fuentes
Will you still love me tomorrow? The Shireless
Will you still love me tomorrow? Norah Jones
Will you still love me tomorrow? Bee Gees
Will you still love me tomorrow? Lykke Li
Will you still love me tomorrow? Roberta Flack
Will you still love me tomorrow? Dusty Springfield
Will you still love me tomorrow? Amy Winehouse
- Sempre, Aura, eu amarei sempre você.
- Sempre? Você me jura?
- Eu lhe juro.
Carlos Fuentes
Will you still love me tomorrow? The Shireless
Will you still love me tomorrow? Norah Jones
Will you still love me tomorrow? Bee Gees
Will you still love me tomorrow? Lykke Li
Will you still love me tomorrow? Roberta Flack
Will you still love me tomorrow? Dusty Springfield
Will you still love me tomorrow? Amy Winehouse
Nada existe de mais difícil do que entregar-se ao instante. Esta dificuldade é dor humana. É nossa.
- Clarice Lispector (Água viva)
É certamente difícil, sobretudo depois de inventada a ilusão do futuro:
Qualquer futuro tira do homem o instante do devir.
- Viviane Mosé (sobre Nietzsche)
Segundo Viviane, o super-homem de Nietzsche é exatamente aquele que consegue entregar-se ao instante. E sempre que lembro disso tudo é a voz da Dame Judi Dench, em uma propaganda!, que me impulsiona a tentar superar essa dificuldade. Make the most of now.
- Clarice Lispector (Água viva)
É certamente difícil, sobretudo depois de inventada a ilusão do futuro:
Qualquer futuro tira do homem o instante do devir.
- Viviane Mosé (sobre Nietzsche)
Segundo Viviane, o super-homem de Nietzsche é exatamente aquele que consegue entregar-se ao instante. E sempre que lembro disso tudo é a voz da Dame Judi Dench, em uma propaganda!, que me impulsiona a tentar superar essa dificuldade. Make the most of now.
O ruído é aquele som que desorganiza outro, sinal que bloqueia o canal, ou desmancha a mensagem, ou desloca o código.
(...)
O som é um traço entre o silêncio e o ruído.
(...)
O jogo entre som e ruído constitui a música. O som do mundo é ruído, o mundo se apresenta para nós a todo momento através de frequências irregulares e caóticas com as quais a música trabalha para extrair-lhes uma ordenação (ordenação que contém também margens de instabilidade, como certos padrões sonoros interferindo sobre outros).
- José Miguel Wisnik em O som e o sentido: Uma outra história das músicas
(...)
O som é um traço entre o silêncio e o ruído.
(...)
O jogo entre som e ruído constitui a música. O som do mundo é ruído, o mundo se apresenta para nós a todo momento através de frequências irregulares e caóticas com as quais a música trabalha para extrair-lhes uma ordenação (ordenação que contém também margens de instabilidade, como certos padrões sonoros interferindo sobre outros).
- José Miguel Wisnik em O som e o sentido: Uma outra história das músicas
A sagração da primavera
Stravisnky, na Sagração da primavera (1913), introduziu agregados de acordes, quase-clusters que funcionam como ruído, impulsões ruidosas, percussão operando numa métrica irregular que volta a questionar a linha perdida na tradição do Ocidente: a base produtiva do pulso. (A matéria sonora liberada por Stravinski pode ser pensada hoje como processo primário daquilo que se tornará depois a base do rock, da qual ele faz uma espécie de prefiguração descontínua e assimétrica.) A Sagração é heavy-metal de luxo, e vem a ser o primeiro episódio exemplar de que ruído detona ruído (rompendo a margem de silêncio que separa, no concerto, o som afinado, e harmonicamente resolvido, dos ruídos crescentes do mundo). A Sagração, estrutura sonora provocando polêmica e pancadaria na plateia, ruído gerando ruído, desloca o lugar do silêncio, que sai da moldura e vai para o fundo, onde se recusa a responder à pergunta sobre a natureza do código musical (depois da dispersão do código tonal). A introdução do ruído atua ambivalentemente como acréscimo de carga informativa das mensagens e acelerador entrópico dos códigos. (...) Está inaugurado o mundo moderno, com tudo aquilo que ele já contém de crise de proliferação pós-moderna.
- José Miguel Wisnik em O som e o sentido: Uma outra história das músicas
Stravisnky, na Sagração da primavera (1913), introduziu agregados de acordes, quase-clusters que funcionam como ruído, impulsões ruidosas, percussão operando numa métrica irregular que volta a questionar a linha perdida na tradição do Ocidente: a base produtiva do pulso. (A matéria sonora liberada por Stravinski pode ser pensada hoje como processo primário daquilo que se tornará depois a base do rock, da qual ele faz uma espécie de prefiguração descontínua e assimétrica.) A Sagração é heavy-metal de luxo, e vem a ser o primeiro episódio exemplar de que ruído detona ruído (rompendo a margem de silêncio que separa, no concerto, o som afinado, e harmonicamente resolvido, dos ruídos crescentes do mundo). A Sagração, estrutura sonora provocando polêmica e pancadaria na plateia, ruído gerando ruído, desloca o lugar do silêncio, que sai da moldura e vai para o fundo, onde se recusa a responder à pergunta sobre a natureza do código musical (depois da dispersão do código tonal). A introdução do ruído atua ambivalentemente como acréscimo de carga informativa das mensagens e acelerador entrópico dos códigos. (...) Está inaugurado o mundo moderno, com tudo aquilo que ele já contém de crise de proliferação pós-moderna.
- José Miguel Wisnik em O som e o sentido: Uma outra história das músicas
Excerto de Para Maria Adriana (A. Melo, 2011)
intrigante essa marina
vem gente da terra vem gente do mar
deve nela haver uma sereia
convergente
que manda chamar
E hoje a confirmação da teoria (Blowg, 2014):
.
intrigante essa marina
vem gente da terra vem gente do mar
deve nela haver uma sereia
convergente
que manda chamar
E hoje a confirmação da teoria (Blowg, 2014):
.
Jürgen Neffe cita Albert Einstein:
(...) "assim como Schopenhauer, acredito que um dos motivos mais fortes que leva alguém à arte e à ciência é a fuga do cotidiano, com sua dolorosa rudeza e tédio deprimente, para longe das amarras dos próprios desejos eternamente mutantes".
Continua Neffe:
Cada um desenvolve mecanismos próprios para lidar com seu lastro biográfico. Einstein faz dos conceitos "solitário" e "pátria" dois lados da mesma consciência existencial.
in Einstein, uma biografia
A Arte segundo Platão.
A Arte segundo Mario Vargas Llosa.
Dívida social
A. Melo
eu me
indivíduo
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
I still love
Antes do toque
em Gritos e Sussuros (1972) de Ingmar Bergman
MARIA
Karin, quero que sejamos amigas. Quero que conversemos uma com a outra. Afinal, somos irmãs. Temos tantas lembranças em comum.
Karin, é tão estranho como não nos aproximamos, como só conversamos banalidades. Karin, por que não quer ser minha amiga? Nós duas fomos felizes e infelizes. Podíamos rir e chorar juntas. Podíamos conversar dias e noites sem parar. Podíamos nos abraçar.
Karin? Passeio pela casa de nossa infância, às vezes, onde tudo é, ao mesmo tempo, estranho e familiar - e parece que estou em um sonho e que um fato muito importante está reservado para nós.
Sei que sou infantil. Você lê muito mais que eu, pensa muito mais que eu. Sua experiência é muito maior. Karin, não poderíamos dedicar estes dias a finalmente nos conhecer? A nos aproximar? Não suporto ficar calada e distante, Karin.
Karin, eu disse algo que a magoou? É fácil acontecer, mas não quis magoar você.
Karin!
O que está lendo?
KARIN
O diário de Agnes.
MARIA
Diário?
KARIN
"30 de setembro." Ela escreveu: "Eu recebi o presente mais precioso que alguém pode receber na vida. Um presente que é chamado de muitas formas: solidariedade, companheirismo, camaradagem, afeição. Acho que é isso que se chama de 'graça'."
Não, não me toque! Não se aproxime de mim! Não suporto alguém me tocando.
em Gritos e Sussuros (1972) de Ingmar Bergman
MARIA
Karin, quero que sejamos amigas. Quero que conversemos uma com a outra. Afinal, somos irmãs. Temos tantas lembranças em comum.
Karin, é tão estranho como não nos aproximamos, como só conversamos banalidades. Karin, por que não quer ser minha amiga? Nós duas fomos felizes e infelizes. Podíamos rir e chorar juntas. Podíamos conversar dias e noites sem parar. Podíamos nos abraçar.
Karin? Passeio pela casa de nossa infância, às vezes, onde tudo é, ao mesmo tempo, estranho e familiar - e parece que estou em um sonho e que um fato muito importante está reservado para nós.
Sei que sou infantil. Você lê muito mais que eu, pensa muito mais que eu. Sua experiência é muito maior. Karin, não poderíamos dedicar estes dias a finalmente nos conhecer? A nos aproximar? Não suporto ficar calada e distante, Karin.
Karin, eu disse algo que a magoou? É fácil acontecer, mas não quis magoar você.
Karin!
O que está lendo?
KARIN
O diário de Agnes.
MARIA
Diário?
KARIN
"30 de setembro." Ela escreveu: "Eu recebi o presente mais precioso que alguém pode receber na vida. Um presente que é chamado de muitas formas: solidariedade, companheirismo, camaradagem, afeição. Acho que é isso que se chama de 'graça'."
Não, não me toque! Não se aproxime de mim! Não suporto alguém me tocando.
O toque
Segundo Schopenhauer, em vez de a razão definir o homem e “decifrar o enigma do mundo”, são o corpo e a Vontade que permitem alcançar e dizer o sentido das coisas, isso se daria porque, para ele, a obtenção do conhecimento iria além do racional, sobretudo por ter introduzido e valorizado um novo elemento nas discussões filosóficas: a noção de corpo, ou seja, o sentido das coisas se daria por meio das possibilidades volitivas de cada agente. Com isso ele acredita que a base da formação do nosso conhecimento racional, na verdade, não é racional, já que começa com as sensações corporais. Assim, em vez da racionalidade, agir de forma independente e única, ela torna dependente dos dados que obtemos por meio do corpóreo, ou seja, através da sensação.
- Isis Tomas da Silva e Isis Bruna da Costa Correia
Toda contração muscular contém a história e o significado de sua origem.
- Wilhelm Reich
Que pode haver de maior ou menor
que um toque?
- Walt Whitman
Nas paredes (da casa de Einstein) há retratos de Schopenhauer.
- Jürgen Neffe, Einstein uma biografia
Você já ouviu falar em Arthur Schopenhauer?
- Matt Garetty
- Jürgen Neffe, Einstein uma biografia
Você já ouviu falar em Arthur Schopenhauer?
- Matt Garetty
Para o filósofo Arthur Schopenhauer a Vontade é a responsável por todo o sofrimento do mundo, mas ele também expõe em sua filosofia a experiência estética, que atua como uma via de suspensão de toda dor e sofrimento contidos no mundo. Portanto, sendo a música a ferramenta mais importante desse tipo de experiência. Ela tem o poder de deslocar o indivíduo do seu local de sofrimento, para outro, onde ele irá contemplá-lo.
- Isis Tomas da Silva e Isis Bruna da Costa Correia
O caçador de lembranças
Pablo Neruda
Pablo Neruda
.....Não quero revivê-las, e quase as odeio. Desenterro-as e rompo de novo seus velhos sulcos para que fiquem agora enterradas para sempre. Não são minha riqueza: sou mais do minuto ignorado do que do conhecido. Amo prolongá-las numa luta desigual contra a vida e o tempo. Afundei meu braço no passado e, ao levantá-lo para o futuro, ele goteja coisas estranhas, como as algas jorram coisas azuis no mar.
.....Vivo irrefreadamente erguido sob o fugitivo látego do tempo; e meu coração prepara a ubíqua flechada que há de ricochetear tremendo no último horário das últimas trevas.
E aqui Viviane Mosé & Nietzsche.
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