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    Meu impaciente amor jorra em torrentes, descendo para levante e poente. Da silenciosa montanha e das borrascas da dor, corre a minha alma murmurejando nos vales.
    Tempo demais ardi em anseios, olhando ao longe. Tempo demais pertenci à solidão; destarte, desaprendi o silêncio.
     Uma boca, tornei-me por inteiro, e o estrugir de um riacho caindo de altas fragas; quero precipitar minha palavra nos vales.
     E ainda que a minha torrente de amor se despenhe em terreno impérvio! Como poderia uma torrente não encontrar, por fim, o caminho do mar?

- Zaratustra



ecos daquele amor ressonam profundamente
e cada vez mais leves absurdas pancadas deu no
que deu minha memória relata

escorrego para dentro dos decotes dela

- cacaso
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