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Amar significa estar pronto para mergulhar no outro. É uma morte, a mais profunda morte possível, o mais profundo abismo possível; nele, você pode cair e continuar caindo, caindo. Não tem nenhum fim, não tem nenhum fundo; é uma queda eterna dentro do outro. Nunca termina. Amar significa tornar o outro tão significante que você deixa de existir. Amar é render-se incondicionalmente; se houver qualquer condição, então você é o importante, não o outro; você é o centro, não o outro. E se você é o centro, então o outro é apenas um meio. Você utiliza o outro, explora-o, satisfaz-se, gratifica-se através do outro - mas você é a meta. E o amor diz: faça do outro o fim, dissolva-se, mergulhe. O amor é um fenômeno mortal, um processo de morte. É por isso que as pessoas o temem. Você pode falar sobre ele, cantá-lo, mas intimamente o teme. Nunca o penetra.
Todos os seus poemas, todas as suas canções sobre o amor são apenas substitutos para que você possa cantar sem penetrá-lo, para que você possa sentir que está amando sem amar. O amor é uma necessidade tão profunda que você não pode viver sem ele: seja real ou falso. O substituto pode ser falso, mas pelo menos, por algum tempo, lhe dá a sensação de que você está amando. Até o falso é celebrado! Mas, cedo ou tarde, você compreende que ele é falso; então, não troca o falso amor pelo verdadeiro, troca de amante.
OSHO. Nem água, nem lua
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