Amado,
Em quais vidas ou terras
Conheci seus lábios
Suas mãos
Seu bravo sorriso
Irreverente.
Todos esses doces exageros
Que eu adoro.
Qual a garantia
Que nos encontraremos de novo,
Em qualquer outro mundo
Em qualquer futuro sem data.
Eu desafio a urgência de meu corpo.
Sem a promessa
De mais um doce encontro
Não me permitirei morrer.
- Maya Angelou
Em quais vidas ou terras
Conheci seus lábios
Suas mãos
Seu bravo sorriso
Irreverente.
Todos esses doces exageros
Que eu adoro.
Qual a garantia
Que nos encontraremos de novo,
Em qualquer outro mundo
Em qualquer futuro sem data.
Eu desafio a urgência de meu corpo.
Sem a promessa
De mais um doce encontro
Não me permitirei morrer.
- Maya Angelou
Você me amava: as honestas mentiras
pareciam na verdade ter raiz.
Maior que o tempo, que imenso, imensís-
simo (eu cria) um tal amor que aspiras-
se ser tão grande quanto o meu ardor!
Então, sem mais, a mão abana, o amor
se vai, respiro mal, mal digo a mim:
– Eis a verdade do início ao fim.
- Marina Tsvetaeva
pareciam na verdade ter raiz.
Maior que o tempo, que imenso, imensís-
simo (eu cria) um tal amor que aspiras-
se ser tão grande quanto o meu ardor!
Então, sem mais, a mão abana, o amor
se vai, respiro mal, mal digo a mim:
– Eis a verdade do início ao fim.
- Marina Tsvetaeva
Somos o tempo. Somos a famosa
parábola de Heráclito, o Obscuro.
Somos a água, não o diamante duro,
a que se perde, não a remansosa.
Somos o rio e também aquele grego
que se olha no rio. Seu reflexo
varia na água do espelho perplexo,
no cristal, feito o fogo, sem sossego.
Somos o inútil rio prefixado,
rumo a seu mar. A sombra o tem cercado.
Tudo nos disse adeus, tudo nos deixa.
Na moeda a memória não perdura.
E no entanto algo ainda dura,
e no entanto algo ainda se queixa.
- Jorge Luis Borges
parábola de Heráclito, o Obscuro.
Somos a água, não o diamante duro,
a que se perde, não a remansosa.
Somos o rio e também aquele grego
que se olha no rio. Seu reflexo
varia na água do espelho perplexo,
no cristal, feito o fogo, sem sossego.
Somos o inútil rio prefixado,
rumo a seu mar. A sombra o tem cercado.
Tudo nos disse adeus, tudo nos deixa.
Na moeda a memória não perdura.
E no entanto algo ainda dura,
e no entanto algo ainda se queixa.
- Jorge Luis Borges
pardon the way that I stare
can't keep my eyes off of you
I'm hoping that you can
Help me lose my mind
- frankie valli & liv dawson & disclosure & london grammar
can't keep my eyes off of you
I'm hoping that you can
Help me lose my mind
- frankie valli & liv dawson & disclosure & london grammar
there'll always be music
it's like riding on the wind
music and me
rain makes rhytmic sounds
make it rain, girl
I feel it, it's coming
- porter wagoner, dolly parton & madonna & michael jackson & yaeji & madonna
it's like riding on the wind
music and me
rain makes rhytmic sounds
make it rain, girl
I feel it, it's coming
- porter wagoner, dolly parton & madonna & michael jackson & yaeji & madonna
Estamos aqui para vencer a dor
E teu rosto diário faz lembrar
a vitória do tempo sobre o tempo
Porque afinal de contas tu
te pareces muito com a promessa
de uma fé vagarosa & livre
Pareces a coragem, pareces a paz
Pareces mesmo a madrugada egípcia
sobre a qual voava um passarinho.
- Matilde Campilho
E teu rosto diário faz lembrar
a vitória do tempo sobre o tempo
Porque afinal de contas tu
te pareces muito com a promessa
de uma fé vagarosa & livre
Pareces a coragem, pareces a paz
Pareces mesmo a madrugada egípcia
sobre a qual voava um passarinho.
- Matilde Campilho
Mundo nomeado ou a descoberta das ilhas
Sophia de Mello Breyner Andresen
Sophia de Mello Breyner Andresen
Iam de cabo em cabo nomeando
Baías promontórios enseadas:
Encostas e praias surgiam
Como sendo chamadas
E as coisas mergulhadas no sem-nome
Da sua própria ausência regressadas
Uma por uma ao seu nome respondiam
Como sendo criadas
O que ela fazia no farol?
O óbvio sinalizar de barcos internos?
̶N̶ã̶o̶ houve naufrágios.
Dizem que depois de certa idade tudo flutua.
Os sonhos, os pesos, as luas.
- André Melo
O óbvio sinalizar de barcos internos?
̶N̶ã̶o̶ houve naufrágios.
Dizem que depois de certa idade tudo flutua.
Os sonhos, os pesos, as luas.
- André Melo
Take my lips, I want to lose them
Take my arms, I'll never use them
- Billie Holiday
Take this heart away
Take these arms I'll never use
- Madonna
Take my arms, I'll never use them
- Billie Holiday
Take this heart away
Take these arms I'll never use
- Madonna
in Alias Grace
Ourself behind ourself, concealed –
Should startle most –
Assassin hid in our apartment
Be Horror's least.
- Emily Dickinson
... for it is the fate of a woman
Long to be patient and silent, to wait like a ghost that is speechless
Till some questioning voice dissolves the spell of its silence
- Henry Wadsworth Longfellow
A shadow flits before me,
Not thou, but like to thee:
Ah Christ, that it were possible
For one short hour to see
The souls we loved, that they might tell us
What and where they be!
- Lord Tennyson
Blessed are all simple emotions,
be they dark or bright!
It is the lurid intermixture of the two
that produces the illumiating
blaze of the infernal regions.
- Nathaniel Hawthorne
... the death, then, of a beautiful
woman is, unquestionably, the most
poetical topic in the world...
- Edgar Allan Poe
I felt a Cleaving in my mind –
As if my brain had split –
I tried to match it – Seam by Seam –
But could not make it fit.
- Emily Dickinson
Ourself behind ourself, concealed –
Should startle most –
Assassin hid in our apartment
Be Horror's least.
- Emily Dickinson
... for it is the fate of a woman
Long to be patient and silent, to wait like a ghost that is speechless
Till some questioning voice dissolves the spell of its silence
- Henry Wadsworth Longfellow
A shadow flits before me,
Not thou, but like to thee:
Ah Christ, that it were possible
For one short hour to see
The souls we loved, that they might tell us
What and where they be!
- Lord Tennyson
Blessed are all simple emotions,
be they dark or bright!
It is the lurid intermixture of the two
that produces the illumiating
blaze of the infernal regions.
- Nathaniel Hawthorne
... the death, then, of a beautiful
woman is, unquestionably, the most
poetical topic in the world...
- Edgar Allan Poe
I felt a Cleaving in my mind –
As if my brain had split –
I tried to match it – Seam by Seam –
But could not make it fit.
- Emily Dickinson
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
- mia couto
(...)
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
- mia couto
(...)
porque o homem frequentemente julga as coisas apenas por seu afeto; e porque as coisas que ele acredita conduzirem à alegria ou à tristeza, esforçando-se, por isso, para realizá-las ou para afastá-las, não passam, muitas vezes, de imaginárias; por causa de tudo isso (a incerteza das coisas), facilmente concebemos que o próprio homem possa ser, muitas vezes, a causa pela qual ele se entristece ou pela qual ele se alegra.
- spinozatudo é tão simples que cabe num postcard
please send me a cartão postal
won't you let me know if you feel free num raio de lua
na esquina, no vento ou no mar
- rita lee & first aid kit
please send me a cartão postal
won't you let me know if you feel free num raio de lua
na esquina, no vento ou no mar
- rita lee & first aid kit
Corolário 1. Quem imagina aquele que ama afetado de ódio para consigo, ficará dividido entre o ódio e o amor. Pois, enquanto imagina que é odiado por ele, está determinado a ter-lhe, por sua vez, ódio. Mas (por hipótese), nem por isso ama-o menos. Logo, ficará dividido entre o ódio e o amor.
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017, p. 125.
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017, p. 125.
Vaga saudade, tanto
Dóis como a outra que é
A saudade de quanto
Existiu aqui ao pé.
Tu, que és do que nunca houve,
Punges como o passado
A que existir não aprouve.
- Fernando Pessoa
I miss you
But I haven't met you yet
So special
But I haven't met you yet
- Björk
Dóis como a outra que é
A saudade de quanto
Existiu aqui ao pé.
Tu, que és do que nunca houve,
Punges como o passado
A que existir não aprouve.
- Fernando Pessoa
I miss you
But I haven't met you yet
So special
But I haven't met you yet
- Björk
queixas febris
once you put your hand in the flame
vontades obstinadas
you can never be the same
risos, fronte, cabelos, mãos e dedos
let my mouth go where it wants to
- Louise Labé & Madonna
once you put your hand in the flame
vontades obstinadas
you can never be the same
risos, fronte, cabelos, mãos e dedos
let my mouth go where it wants to
- Louise Labé & Madonna
"don't put your faith in love, my boy", my father said to me
I let my father mold me
- Peter, Paul and Mary & Madonna
I let my father mold me
- Peter, Paul and Mary & Madonna
não me ame tanto
não posso suportar um amor
que é mais do que eu sinto por dentro
eu estou bem aqui
só esperando você não me querer mais
diz que não me quer mais que vai ser melhor
eu juro
- karina buhr & aline lessa
não posso suportar um amor
que é mais do que eu sinto por dentro
eu estou bem aqui
só esperando você não me querer mais
diz que não me quer mais que vai ser melhor
eu juro
- karina buhr & aline lessa
I love him if he wants me,
I love him if he doesn't want me.
I love him more if he doesn't want me.
Paranoid, S01E02
I love him if he doesn't want me.
I love him more if he doesn't want me.
Paranoid, S01E02
I'm free
You don't own me
You and me were meant to be
Walking free in harmony
That's all I ask of you
- Lesley Gore & Morcheeba
You don't own me
You and me were meant to be
Walking free in harmony
That's all I ask of you
- Lesley Gore & Morcheeba
Fatos e falácias
Os cursos específicos oferecidos em faculdades e universidades também costumam refletir mais a conveniência dos professores do que as necessidades educacionais dos alunos. Por exemplo, um departamento de História pode oferecer um curso sobre a história do cinema ou da produção de vinhos e deixar de fora uma disciplina sobre a história do Império Romano ou da Europa medieval, apesar do fato de que cursos mais amplos ofereceriam muito mais ideias sobre a maneira pela qual a civilização ocidental se desenvolveu e o mundo atual evoluiu. Como professores precisam de pesquisas para avançar nas suas carreiras, a começar com suas teses de doutorado, seu foco deve estar voltado para algum tema sobre o qual não se escreveu com muita profundidade antes. Então, a partir de uma pesquisa ou de uma análise original sobre assuntos como a história do cinema ou da produção de vinhos, um professor acharia muito mais fácil lecionar uma disciplina sobre um assunto tão restrito do que fazer a grande quantidade de pesquisa necessária para estar à frente de um curso tão amplo quanto a história do Império Romano ou da Europa medieval – pesquisa que provavelmente não terá um retorno em termos de publicação, uma vez que os dois assuntos já foram amplamente pesquisados e já se escreveu muito sobre esses temas por várias gerações.
Em muitos campi, inclusive alguns dos de maior prestígio, o desaparecimento de um programa de estudo significativo, voltado para o desenvolvimento educacional dos estudantes, e não para a conveniência ou para o avanço nas carreiras dos professores, é uma consequência de uma proliferação de cursos sobre assuntos restritos.
(...)
... o conhecimento que um diploma deve representar pode, na verdade, ser composto apenas de fragmentos isolados de quaisquer assuntos restritos que os alunos de determinados professores por acaso escreveram nas suas teses de doutorado, em seus livros ou artigos de periódicos acadêmicos, em vez de ser fruto de uma educação que ofereça conhecimento amplo e coordenado, bem como a compreensão de diversas disciplinas intelectuais.
SOWELL, Thomas. (2017). "Fatos e falácias acadêmicos". Fatos e falácias da economia. Rio de Janeiro: Record, p. 124 e 125.
Para P., que certa vez disse não entender minha descrença em universidades.
Is/Not
Margaret Atwood
Love is not a profession
genteel or otherwise
sex is not dentistry
the slick filling of aches and cavities
you are not my doctor
you are not my cure,
nobody has that
power, you are merely a fellow/traveller
Give up this medical concern,
buttoned, attentive,
permit yourself anger
and permit me mine
which needs neither
your approval nor your surprise
which does not need to be made legal
which is not against a disease
but against you,
which does not need to be understood
or washed or cauterized,
which needs instead
to be said and said
Permit me the presente tense.
Margaret Atwood
Love is not a profession
genteel or otherwise
sex is not dentistry
the slick filling of aches and cavities
you are not my doctor
you are not my cure,
nobody has that
power, you are merely a fellow/traveller
Give up this medical concern,
buttoned, attentive,
permit yourself anger
and permit me mine
which needs neither
your approval nor your surprise
which does not need to be made legal
which is not against a disease
but against you,
which does not need to be understood
or washed or cauterized,
which needs instead
to be said and said
Permit me the presente tense.
Be glad your nose is on your face,
not pasted on some other place,
for if it were where it is not,
you might dislike your nose a lot.
Imagine if your precious nose
were sandwiched in between your toes,
that clearly would not be a treat,
for you'd be forced to smell your feet.
Your nose would be a source of dread
were it attached atop your head,
it soon would drive you to despair,
forever tickled by your hair.
Within your ear, your nose would be
an absolute catastrophe,
for when you were obliged to sneeze,
your brain would rattle from the breeze.
Your nose, instead, through thick and thin,
remais between your eyes and chin,
not pasted on some other place –
be glad your nose is on your face.
- Jack Prelutsky
not pasted on some other place,
for if it were where it is not,
you might dislike your nose a lot.
Imagine if your precious nose
were sandwiched in between your toes,
that clearly would not be a treat,
for you'd be forced to smell your feet.
Your nose would be a source of dread
were it attached atop your head,
it soon would drive you to despair,
forever tickled by your hair.
Within your ear, your nose would be
an absolute catastrophe,
for when you were obliged to sneeze,
your brain would rattle from the breeze.
Your nose, instead, through thick and thin,
remais between your eyes and chin,
not pasted on some other place –
be glad your nose is on your face.
- Jack Prelutsky
Escurece, e não me seduz
tatear sequer uma lâmpada.
Pois que aprouve ao dia findar,
aceito a noite.
E com ela aceito que brote
uma ordem outra de seres
e coisas não figuradas.
Braços cruzados.
Vazio de quando amávamos,
mais vasto é o céu. Povoações
surgem do vácuo.
Habito alguma?
(...)
- Carlos Drummond de Andrade
tatear sequer uma lâmpada.
Pois que aprouve ao dia findar,
aceito a noite.
E com ela aceito que brote
uma ordem outra de seres
e coisas não figuradas.
Braços cruzados.
Vazio de quando amávamos,
mais vasto é o céu. Povoações
surgem do vácuo.
Habito alguma?
(...)
- Carlos Drummond de Andrade
Não deixa eu me arrepender
De um dia eu ter te amado, John
I love you, I'm ever so fond of you
- Tiê & Sinéad O'Connor
De um dia eu ter te amado, John
I love you, I'm ever so fond of you
- Tiê & Sinéad O'Connor
Antes do nome
Adélia Prado
Adélia Prado
Não me importa a palavra, esta corriqueira.
Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe,
os sítios escuros onde nasce o "de", o "aliás",
o "o", o "porém", e o "que", esta incompreensível
muleta que me apóia.
Quem entender a linguagem entende Deus
cujo Filho é Verbo. Morre quem entender.
A palavra é o disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda,
foi inventada para ser calada.
Em momentos de graça, infrequentíssimos,
se poderá apanhá-la: um peixe vivo com a mão.
Puro susto e terror.
Proposição 18. O homem é afetado pela imagem de uma coisa passada ou de uma coisa futura do mesmo afeto de alegria ou de tristeza de que é afetado pela imagem de uma coisa presente.
Demonstração. Durante todo o tempo em que o homem é afetado pela imagem de uma coisa, ele a considerará como presente, mesmo que ela não exista, e não a imagem como passada ou como futura a não ser à medida que sua imagem está ligada à imagem de um tempo passado ou de um tempo futuro. Por isso, considerada em si só, a imagem de uma coisa é a mesma, quer esteja referida ao futuro ou ao passado, quer esteja referida ao presente, isto é, o estado do corpo, ou seja, seu afeto, é o mesmo, quer a imagem seja a de uma coisa passada ou de uma coisa futura, quer seja de uma coisa presente. Portanto, o afeto de alegria ou de tristeza é o mesmo, quer a imagem seja a de uma coisa passada ou de uma coisa futura, quer seja de uma coisa presente.
Escólio 1. Chamo uma coisa de passada ou de futura à medida que, respectivamente, fomos ou seremos afetados por ela. Por exemplo, à medida que a vimos ou a veremos, à medida que nos reconfortou ou reconfortará, à medida que nos prejudicou ou prejudicará, etc. Com efeito, à medida que assim a imaginamos, afirmamos a sua existência. E, portanto, o corpo é afetado pela imagem dessa coisa da mesma maneira que se ela estivesse presente. Como, entretanto, ocorre, geralmente, que aqueles que experimentaram muitas coisas, ao considerarem uma coisa como futura ou como passada, ficam indecisos e têm, muitas vezes, dúvidas sobre a sua realização, o resultado é que os afetos que provêm de imagens como essas não são tão estáveis, mas ficam, geralmente, perturbados pelas imagens de outras coisas, até que os homens se tornem mais seguros da realização da coisa em questão.
Escólio 2. Pelo que acaba de ser dito, compreendemos o que é a esperança, o medo, a segurança, o desespero, o gáudio e a decepção. Efetivamente, a esperança nada mais é do que uma alegria instável, surgida da imagem de uma coisa futura ou passada de cuja realização temos dúvida. O medo, por outro lado, é uma tristeza instável, surgida igualmente da imagem de uma coisa duvidosa. Se, desses afetos, excluímos a dúvida, a esperança torna-se segurança e o medo, desespero, quer dizer, uma alegria ou uma tristeza surgida da imagem de uma coisa que temíamos ou de uma coisa que esperávamos. O gáudio, por sua vez, é uma alegria surgida da imagem de uma coisa passada de cuja realização tínhamos dúvida. Finalmente, a decepção é uma tristeza que se opõe ao gáudio.
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017, p. 111-112.
Who am I
Who am I
To want you now you're leaving
Who am I
Who am I
Who am I
To judge you now you're leaving
Who am I
Who am I
Who am I
Who am I
- London Grammar
Who am I
To want you now you're leaving
Who am I
Who am I
Who am I
To judge you now you're leaving
Who am I
Who am I
Who am I
Who am I
- London Grammar
La la la la la la la la la la la
Can't get you out of my veins
Boy, your love it is all I think about
You can't escape my affection
- Lana Del Rey & Kylie Minogue
It's nerver too late
To leave if you wanna leave
Or to stay if you wanna stay
- Lana Del Rey
Won't you stay?
- Kylie Minogue
Can't get you out of my veins
Boy, your love it is all I think about
You can't escape my affection
- Lana Del Rey & Kylie Minogue
It's nerver too late
To leave if you wanna leave
Or to stay if you wanna stay
- Lana Del Rey
Won't you stay?
- Kylie Minogue
We both know you wanna love her
She might make you breakfast and love you in the shower
Don't believe her
She's not me
Maybe what we are and what we need, they're different things
The thrill is momentary, it won't be the same, it won't be the same
- London Grammar & Madonna
She might make you breakfast and love you in the shower
Don't believe her
She's not me
Maybe what we are and what we need, they're different things
The thrill is momentary, it won't be the same, it won't be the same
- London Grammar & Madonna
My DC
dói nos lugares certos
sem deixar rastos
dói longe dói perto
sem deixar restos
maldito seja quem olhar pra trás
lá pra trás não há nada
e nada mais
pode ser teu vulto
ou tua volta
- Paulo Leminski
Espero sempre por ti o dia inteiro,
Quando na praia sobe, de cinza e oiro
O nevoeiro
E há em todas as coisas o agoiro
De uma fantástica vinda.
- Sophia de Mello Breyner Andresen
Ó Jacinto!
Sempre volto aquele momento do jogo em que te perdi.
Não recordo, entretanto, se fui Apolo ou Zéfiro.
Desde então te aguardo – seja em uma canção
Ou em uma rajada de vento.
- André Melo
You're my DC, Oh
dói nos lugares certos
sem deixar rastos
dói longe dói perto
sem deixar restos
maldito seja quem olhar pra trás
lá pra trás não há nada
e nada mais
pode ser teu vulto
ou tua volta
- Paulo Leminski
Espero sempre por ti o dia inteiro,
Quando na praia sobe, de cinza e oiro
O nevoeiro
E há em todas as coisas o agoiro
De uma fantástica vinda.
- Sophia de Mello Breyner Andresen
Ó Jacinto!
Sempre volto aquele momento do jogo em que te perdi.
Não recordo, entretanto, se fui Apolo ou Zéfiro.
Desde então te aguardo – seja em uma canção
Ou em uma rajada de vento.
- André Melo
You're my DC, Oh
Uma flor artificial no meio de outras naturais
Me chama a atenção por ser tão especial
E as naturais serem reais demais
Um amor mais que mortal no meio de outros imortais
Me chama a atenção por ser tão especial
E os imortais serem normais demais
"As flores são como amores
em todos os momentos trazem a paz
Dos nascimentos aos casamentos
E nos momentos finais dos funerais"
- Jorge Mautiner
Me chama a atenção por ser tão especial
E as naturais serem reais demais
Um amor mais que mortal no meio de outros imortais
Me chama a atenção por ser tão especial
E os imortais serem normais demais
"As flores são como amores
em todos os momentos trazem a paz
Dos nascimentos aos casamentos
E nos momentos finais dos funerais"
- Jorge Mautiner
Acendendo um fósforo
acendo Prometeu, o futuro, a liquidação dos falsos deuses,
o trabalho do homem.
- Murilo Mendes
acendo Prometeu, o futuro, a liquidação dos falsos deuses,
o trabalho do homem.
- Murilo Mendes
To a certain civilian
Walt Whitman
Walt Whitman
Did you ask dulcet rhymes from me?
Did you seek the civilian's peaceful and languising rhymes?
Did you find what I sang erewhile so hard to follow?
Why I was not singing erewhile for you to follow, to understand - nor am I now;
(I have been born of the same as the war was born,
The drum-corps' rattle is ever to me sweet music, I love well the martial dirge,
With slow wail and convulsive throb leading the officer's funeral;)
What to such as you anyhow such a poet as I? therefore leave my works,
And go lull yourself with what you can understand, and with piano-tunes,
For I lull nobody, and you will never understand me.
Trechos de Segunda Parte - A natureza e a origem da mente
do livro Ética de Spinoza (tradução Tomaz Tadeu)
Quando alguém sabe algo, sabe, por isso mesmo, que o sabe, e sabe, ao mesmo tempo, que sabe o que sabe, e assim até o infinito.
do livro Ética de Spinoza (tradução Tomaz Tadeu)
A mente e o corpo são um único e mesmo indivíduo.
Quanto mais um corpo é capaz, em comparação com outros, de agir simultaneamente sobre um número maior de coisas, ou padecer simultaneamente de um número maior de coisas, tanto mais sua mente é capaz, em comparação com outras, de perceber, simultaneamente, um número maior de coisas.
Se o corpo humano é afetado de uma maneira que envolve a natureza de algum corpo exterior, a mente humana considerará esse corpo exterior como existente em ato ou como algo que lhe está presente, até que o corpo seja afetado de um afeto que exclua a existência ou a presença deste corpo.
A mente poderá considerar como presentes, ainda que não existam nem estejam presentes, aqueles corpos exteriores pelos quais o corpo humano foi uma vez afetado.
Vemos, assim, que pode ocorrer que, muitas vezes, consideremos como presentes coisas que não existem.
O corpo humano existe tal como o sentimos.
Chamaremos de imagens das coisas as afecções do corpo humano, cujas ideias nos representam os corpos exteriores como estando presentes, embora elas não restituam as figuras das coisas. E quando a mente considera os corpos dessa maneira, diremos que ela os imagina.
As imaginações da mente, consideradas em si mesmas, não contêm nenhum erro; ou seja, a mente não erra por imaginar, mas apenas enquanto é considerada como privada da ideia que exclui a existência das coisas que ela imagina como lhe estando presentes. Pois, se a mente, quando imagina coisas inexistentes como se lhe estivessem presentes, soubesse, ao mesmo tempo, que essas coisas realmente não existem, ela certamente atribuiria essa potência de imaginar não a um defeito de sua natureza, mas a uma virtude, sobretudo se essa faculdade de imaginar dependesse exclusivamente de sua natureza, isto é, se ela fosse livre.
Quando alguém sabe algo, sabe, por isso mesmo, que o sabe, e sabe, ao mesmo tempo, que sabe o que sabe, e assim até o infinito.
Crisálida
André Melo
André Melo
Fez um casulo de meu comprimido -
que não era aspirina, sequer a lembrava.
Porém, já o tomei. Ainda não sinto nada.
Amor fati implica aceitar o que nos foi dado e tirado. Todos os acontecimentos se inserem numa ordem casual da natureza, assim como cada um de nós. Portanto, só podemos concluir que nada poderia ter acontecido de outra forma, nada poderia ter sido diferente, de nada adianta nos lamentarmos. É preciso afirmar até mesmo o erro, afinal de contas, ele não é um erro! Ele era absolutamente necessário naquele momento e só pode ser interpretado como um erro se tomarmos formas superiores e transcendentes para nos guiar.
(via)
Trechos do Apêndice de Primeira Parte - Deus
do livro Ética de Spinoza (Tradução Tomaz Tadeu)
do livro Ética de Spinoza (Tradução Tomaz Tadeu)
Ora, todos os preconceitos que aqui me proponho a expor dependem de um único, a saber, que os homens pressupõem, em geral, que todas as coisas naturais agem, tal como eles próprios, em função de um fim, chegando até mesmo a dar como assentado que o próprio Deus dirige todas as coisas tendo em vista algum fim preciso, pois dizem que Deus fez todas as coisas em função do homem, e fez o homem, por sua vez, para que este lhe prestasse culto. É esse preconceito, portanto, que, antes de mais nada, considerarei, procurando saber, em primeiro lugar, por que a maioria dos homens se conforma a esse preconceito e por que estão todos assim tão naturalmente propensos a abraçá-lo. Mostrarei, depois, sua falsidade e, finalmente, como dele se originaram os preconceitos sobre o bem e o mal, o mérito e o pecado, o louvor e a desaprovação, a ordenação e a confusão, a beleza e a feiura, e outros do mesmo gênero.
Todos os homens nascem ignorantes das causas das coisas e todos tendem a buscar o que lhes é útil, estando conscientes disso. Com efeito, disso se segue, em primeiro lugar, que, por estarem conscientes de suas volições e de seus apetites, os homens se creem livres, mas nem em sonho pensam nas causas que os dispõem a ter essas vontades e esses apetites, porque as ignoram. Segue-se, em segundo lugar, que os homens agem, em tudo, em função de um fim, quer dizer, em função da coisa útil que apetecem.
Como encontram, tanto em si mesmos, quanto fora de si, não poucos meios que muito contribuem para a consecução do que lhes é útil, como, por exemplo, os olhos para ver, os dentes para mastigar, os vegetais e os animais para alimentar-se, o sol para iluminar, o mar para fornecer-lhes peixes, etc., eles são, assim, levados a considerar todas as coisas naturais como se fossem meios para sua própria utilidade. E por saberem que simplesmente encontraram esses meios e que não foram eles que assim os dispuseram, encontraram razão para crer que deve existir alguém que dispôs esses meios para que eles os utilizassem. Tendo, pois, passado a considerar as coisas como meios, não podiam mais acreditar que elas tivessem sido feitas por seu próprio valor. Em vez disso, com base nos meios de que costumam dispor para seu próprio uso, foram levados a concluir que havia um ou mais governantes da natureza, dotados de uma liberdade humana, que tudo haviam providenciado para eles e para seu uso tinham feito todas as coisas. E, por nunca terem ouvido falar sobre a inclinação desses governantes, eles igualmente tiveram que julgá-la com base na sua, sustentando, como consequência, que os deuses governam todas as coisas em função do uso humano, para que os homens lhes fiquem subjugados e lhes prestem a máxima reverência. Como consequência, cada homem engendrou, com base em sua própria inclinação, diferentes maneiras de prestar culto a Deus, para que Deus o considere mais que aos outros e governe toda a natureza em proveito de seu cego desejo e de sua insaciável cobiça. Esse preconceito transformou-se, assim, em superstição e criou profundas raízes em suas mentes, fazendo com que cada um dedicasse o máximo de esforço para compreender e explicar as causas finais de todas as coisas. Mas, ao tentar demonstrar que a natureza nada faz em vão (isto é, não faz nada que não seja para o proveito humano), eles parecem ter demonstrado apenas que, tal como os homens, a natureza e os deuses também deliram.
Ao lado de tantas coisas agradáveis da natureza, devem ter encontrado não poucas que são desagradáveis, como as tempestades, os terremotos, as doenças, etc.. Argumentaram, por isso, que essas coisas ocorriam por causa da cólera dos deuses diante das ofensas que lhes tinham sido feitas pelos homens, ou diante das faltas cometidas nos cultos divinos. E embora, cotidianamente, a experiência contrariasse isso e mostrasse com infinitos exemplos que as coisas cômodas e as incômodas ocorrem igualmente, sem nenhuma distinção, aos piedosos e aos ímpios, nem por isso abandonaram o inveterado preconceito. Foi-lhes mais fácil, com efeito, colocar essas ocorrências na conta das coisas que desconheciam e cuja utilidade ignoravam, continuando, assim, em seu estado presente e inato de ignorância, do que destruir toda essa fabricação e pensar em algo novo. Deram, por isso, como certo que os juízos dos deuses superavam em muito a compreensão humana.
A natureza não tem nenhum fim que lhe seja prefixado e todas as causas finais não passam de ficções humanas.
E como as coisas que podem ser imaginadas facilmente são mais agradáveis do que as outras, os homens preferem a ordenação à confusão, como se a ordenação fosse algo que, independentemente de nossa imaginação, existisse na natureza.
Cada um julga as coisas de acordo com a disposição de seu cérebro, ou melhor, toma as afecções de sua imaginação pelas próprias coisas.
Todas as noções que o vulgo costuma utilizar para explicar a natureza não passam de modos do imaginar e não indicam a natureza das coisas, mas apenas a constituição de sua própria imaginação.
A notícia de que ela vivia alegre, quando eu chorava todas as noites,
produziu-me aquele efeito, acompanhado de um bater de coração tão violento,
que ainda agora cuido de ouvi-lo.
- Machado de Assis, Dom Casmurro
Can you hear the violence? Megaphone to my chest -
Broadcast the boom boom boom boom
- Lorde, The Louvre
Mas a saudade é isto mesmo;
é o passar e repassar das memórias antigas,
all the glamour and the trauma and the fucking melodrama
- Machado de Assis & Lorde
Bet you rue the day you kissed the writer in the dark -
Nem tudo é claro na vida.
- Lorde & Machado de Assis
produziu-me aquele efeito, acompanhado de um bater de coração tão violento,
que ainda agora cuido de ouvi-lo.
- Machado de Assis, Dom Casmurro
Can you hear the violence? Megaphone to my chest -
Broadcast the boom boom boom boom
- Lorde, The Louvre
Mas a saudade é isto mesmo;
é o passar e repassar das memórias antigas,
all the glamour and the trauma and the fucking melodrama
- Machado de Assis & Lorde
Bet you rue the day you kissed the writer in the dark -
Nem tudo é claro na vida.
- Lorde & Machado de Assis
Paráfrase
André Melo
Na ocasião da chegada do solstício de inverno de 2017
não podemos ser amigos simplesmente
tampouco ter coisas do amor
sei que tudo parece tão banal tão ressentimento
mas você
mesmo estranho em meu peito
estranho em minha alma
mesmo eu não desejando mais você
não há razão capaz de lhe extinguir
você é chuva de inverno
chuva forte
e vendaval
Ultimamente
Playlist
Attention - Charlie Puth
HUMBLE. - Kendrick Lamar
Malibu - Miley Cyrus
First Time - Kygo & Ellie Goulding
Swalla - Jason Derulo
Bad Liar - Selena Gomez
The Cure - Lady Gaga
Swish Swish - Katy Perry
On My Mind - Disciples
Netflix
Iron Fist - primeira temporada
Sense8 - segunda temporada
Get Down - segunda temporada
The People x O. J. Simpson
Bloodline - terceira temporada
Grace and Frankie - terceira temporada
13 Reasons Why
Livros
Ética - Spinoza
Por favor cuide da mamãe - Kyung-Sook Shin
Manifesto do nada na terra do nunca - Lobão
Uma breve história do mundo - Geoffrey Blainey
Netflix, minha lista
Unbreakable Kimmy Schimdt - terceira temporada
Cara Gente Branca
Penny Dreadful - terceira temporada
War Machine
Master of None - segunda temporada
Twin Peaks
The Keepers
Perfumes
Invictus - Paco Rabanne
Emblem - Mont Blanc
Homme Cologne - Dior
The Beautiful Mind Series Vol-1 Inteligence & Fantasy - Geza Schoen
Amigos
Nenhum
Playlist
Attention - Charlie Puth
HUMBLE. - Kendrick Lamar
Malibu - Miley Cyrus
First Time - Kygo & Ellie Goulding
Swalla - Jason Derulo
Bad Liar - Selena Gomez
The Cure - Lady Gaga
Swish Swish - Katy Perry
On My Mind - Disciples
Netflix
Iron Fist - primeira temporada
Sense8 - segunda temporada
Get Down - segunda temporada
The People x O. J. Simpson
Bloodline - terceira temporada
Grace and Frankie - terceira temporada
13 Reasons Why
Livros
Ética - Spinoza
Por favor cuide da mamãe - Kyung-Sook Shin
Manifesto do nada na terra do nunca - Lobão
Uma breve história do mundo - Geoffrey Blainey
Netflix, minha lista
Unbreakable Kimmy Schimdt - terceira temporada
Cara Gente Branca
Penny Dreadful - terceira temporada
War Machine
Master of None - segunda temporada
Twin Peaks
The Keepers
Perfumes
Invictus - Paco Rabanne
Emblem - Mont Blanc
Homme Cologne - Dior
The Beautiful Mind Series Vol-1 Inteligence & Fantasy - Geza Schoen
Amigos
Nenhum
expressive writing
it has less to do with resolving past issues
and more to do with finding a way of regulating your own emotions
it has less to do with resolving past issues
and more to do with finding a way of regulating your own emotions
Bates Motel
NORMAM
It's hard to be lonely. But it's also hard to love people and I think that that is a trap.
MARION
Trap?
NORMAN
Yes, the little private trap that everyone lives in. And we need people, but that need can destroy us. Once you care about someone, it rules you. And who even knows, at the end of the day, if that person is really who you think they are. Or even if they're real at all.
Eu amei
André Melo
Eu amei uma pessoa.
Eu acredito que a amei.
Ela não quer mais me ouvir.
Faz tempo.
Eu continuo falando.
Eu não quero a felicidade.
A felicidade é medíocre.
Mas eu também não quero ser diferente do medíocre.
Isto também seria medíocre.
Eu perco muito tempo pensando no que não quero.
Há insetos em meu apartamento.
É tempo de chuva e toda noite eu acendo a luz.
Assim eles me fazem companhia.
Sinto a vaidade esvair.
O ego não.
Qual a serventia, então?
Serei esmagado pelos espelhos que arranco das paredes.
De meu apartamento, ouço o trem.
Ele me faz lembrar a pessoa que acredito ter amado.
Os insetos farfalham como as folhas da planta que sobreviveu a tal amor.
Penso na vaidade que esvai - porém, todos os textos que escrevo tem eu.
Medíocre eu.
Eu amei uma pessoa.
Eu acredito que a amei.
Ela não quer mais me ouvir.
Faz tempo.
Eu continuo falando.
Eu não quero a felicidade.
A felicidade é medíocre.
Mas eu também não quero ser diferente do medíocre.
Isto também seria medíocre.
Eu perco muito tempo pensando no que não quero.
Há insetos em meu apartamento.
É tempo de chuva e toda noite eu acendo a luz.
Assim eles me fazem companhia.
Sinto a vaidade esvair.
O ego não.
Qual a serventia, então?
Serei esmagado pelos espelhos que arranco das paredes.
De meu apartamento, ouço o trem.
Ele me faz lembrar a pessoa que acredito ter amado.
Os insetos farfalham como as folhas da planta que sobreviveu a tal amor.
Penso na vaidade que esvai - porém, todos os textos que escrevo tem eu.
Medíocre eu.
Subscribe to:
Comments (Atom)









